terça-feira, 23 de outubro de 2012

Compaixão ou conivência?


Qual a diferença existente
entre compaixão e conivência?
Como distinguir quando somente
o compadecimento preenche a existência?
Por que deixar-se permanecer
não significa necessariamente
a recusa em querer ver?
Quando se pode perceber
que algo é atinente a lição,
ainda que se aperte o coração?
E depois de tanta interrogação,
que não se espante o que lê,
já que não tenho resposta a tanto porquê.
Trago, sim, a esperança do aprendizado
quando se olha com amor para o lado
e não se espanta com o que se vê.
Penso que a confusão
entre conivência e compaixão 
só poderá ser elucidada,
na medida de entrega ao Onisciente.
Penso que cada um deve se alegrar
por estar na condição de enxergar
que em tudo há o que aprender,
que cada ínfimo momento de saber
compõe a sua jornada.
Penso, também, que ela será então, 
tanto mais abençoada,
quanto mais for vivenciada
com cuidado, consciência e alegria,
com fé, compaixão e harmonia...

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