não se apieda da ignorância alheia.
Achincalha, ri de modo insultuoso,
não percebe na voz embargada
a tensão por sua ação provocada.
Não se dá conta da atitude feia,
tampouco da dor causada.
E assim passa pela vida,
a zombar de tudo e de todos,
recusando-se a enxergar
que foi causador de fundas feridas.
Porém chega um dia a reação
e ele se põe a perguntar, ansioso:
- Qual a causa do desamor,
o porquê de tanto sofrer,
por que passo por tal situação?
Sentindo-se injustiçado e impotente,
clama por ajuda, impaciente.
Ainda não sabe, não tem consciência,
de que deve a si mesmo responsabilizar.
E assim como esse há muitos,
implorando a Deus clemência
mas sem disposição para olhar
a parte onde lhes cabe trabalhar.
Pois te digo, cuida, criatura amada,
para não agir de modo semelhante.
Reflete que tudo o que se faz,
de volta o destino te traz.
Não como castigo ou reprimenda
mas simplesmente para que aprendas
de modo definitivo e bastante
a crescer e o mal não fazer mais,
para que seja parte de ti a paz...
Vincent Van Gogh |
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