Ontem ouvi algo importante,
encontrou no meu coração ressonância;
tão simples e, ao mesmo tempo, tão profundo,
mexeu com minha visão de mundo.
"Dentre os ângulos do perdão,
um existe dos mais importantes,
que nos cabe salientar:
os resultados dele sobre nós mesmos,
quando temos a felicidade de desculpar."
E com igual beleza continuou a lição,
exposta a seguir conforme pessoal interpretação:
Não nos compete avaliar
aquilo que no outro o perdão irá causar;
pois se, de um lado, não nos é dado penetrar
no íntimo mais profundo de cada ser,
por outro manda a bondade
que o mal recebido seja para se esquecer.
Certamente é impossível saber
se o perdão em favor de outro articulado
foi aceito como deveria ser,
ou mesmo se produziu o efeito desejado.
Porém, sempre que "des-culpamos"
e, sinceros, nos propomos a deixar para trás
todo e qualquer mal que nos é feito,
é imediata a sensação no peito
de harmonia, equilíbrio e paz.
Paro por aqui a exposição,
para contar a minha conclusão:
ao compreender que, antes de tudo,
o perdão é minha própria libertação,
pude sentir a leveza que perseguia.
Meu coração se encheu de alegria,
foi forte a sensação de que se esvaía
um sofrimento há muito represado.
Sinto-me sorrindo para o futuro,
liberta de muitas dores do passado;
mais serena e sábia e apta a aplicar
em tantas outras situações
que certamente irei enfrentar,
a linda lição que ora estou a compartilhar...
PS: imagens do Google - arte em papel de Sue Blackwell
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