Ah, como eu queria
ser barco,
para no mar
deslizar.
Queria me sentir
leve,
ser capaz de
flutuar;
e quando chegasse no
porto,
pudesse firmemente
ancorar.
Mas, por não ter
leme ou timão,
vivo só, à deriva,
com medo de
soçobrar.
Ah, ó mar que está
tão longe,
que se agita ao
sabor do vento,
como és presente em
meus sonhos,
quanto me acalma os
tormentos!
Por isso cá estou a
pedir, ó mar,
que sejas meu rumo,
meu lar!
Às vezes, nos
braços de Morfeu,
ouço tua voz
docemente a murmurar:
_Posso ser guardião
de teu sono,
te tomar nos braços
ao acordar.
Navegaremos juntos
pela vida,
em feliz harmonia,
velas coloridas;
tu, o barco, eu, o
mar…
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