por vezes sem conta
argumentei
que ela não
precisava sair,
que a casa dela era
aquela ali.
Mas quem não sabia
era eu
que ela já
caminhava na mente
para a casa que tão
somente
ela sabia onde era.
Acarinhei o quanto
pude,
rezei com ela por
noites e noites,
a mão dela na minha mão
e dos lábios de uma e outra,
o que saía era pura gratidão.
Ela: - Por tanta
proteção recebida,
ao longo do seu
caminho;
Eu: - Por ela ter me
trazido à vida,
ter me entregue ao
meu destino.
Não tenho a mínima
pretensão
de outra coisa que
não seja,
balsamizar meu
coração,
dando vazão à dor
que sinto.
Apesar do racional,
preciso permitir que o choro
lave
meu coração partido.
Não há desespero
ou inconformismo,
apenas a tristeza
tão doída,
que sei que precisa
ser sentida.
Ela foi liberta do
corpo doente,
foi pra casa de sua
mente,
a casa de todos nós:
aquela de onde
viemos
e para onde
voltaremos,
inevitavelmente sós.
(Minha mãe voltou
para casa no dia 6 de agosto)
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