Vago, divago, oro e
imploro,
deve haver algum
santo,
ou um remédio
eficaz
que me traga alguma
paz…
Abro um livro, ao
acaso,
e me salta aos
olhos,
quase um grito,
o que vejo escrito:
- “Perdão!”
E, de imediato, já
me ocorre
que “Perdão” é
palavra forte,
como um chá difícil
de tragar.
Pois tenho alguém a
culpar
e sofro sem avistar
um norte.
Sedento e faminto
por solução,
tomo, devoro, até
aspiro cada sentença,
a precisão é quase
doença.
Ao final, o que
sinto
vai além, muito
além,
do frágil sentir do
paladar,
ainda que possa a
ele se associar
para ao menos
despertar
os outros sentidos
também.
A lição é clara,
transparente,
até doce,
benevolente:
tudo o que sinto,
tudo o que está em
mim,
só cabe a mim mesmo
resolver,
cuidar, desapegar,
esquecer;
tenho que achar em
algum cantinho,
senão fartura, ao
menos um cadinho,
de energia para
prosseguir,
de humildade para
reconhecer
que ainda existo,
mesmo abatido.
Cabe só a mim, com
esforço ou não,
me dispor a mudar de
opinião:
verdadeiramente
compreender,
assimilar, em todo
meu ser incorporar:
- Perdão não é
mera palavra,
nem simples chá, é
poção!
Ensinada pelo
Alquimista Maior,
pode ser sentida
docemente
ou no mais puro
amargor.
Mas é, sempre, a
única solução,
é só o que cura,
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, impressão, apreciação...