Tantas pedras no caminho
foram pisadas
e não registraram pegadas.
Nas mãos tomei-as,
sopesei-as.
Algumas arremessei,
outras senti em meu corpo atiradas.
Hoje, vejo pedras as mais variadas
e as imagino arrumadas.
Formam imagens sonhadas,
sonhos abandonados.
Queria que as faíscas
do atrito de nossas pedras
continuassem a luzir,
e eu não tivesse deixado de sorrir.
Sigamos pedras
que um dia, talvez,
Deus, num poeta,
versifique o abraço
que se queria dar,
mas que ficaram pedras
sozinhas no mesmo lugar…
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