Caminha o homem pela
estrada
e leva a mente
preocupada
por tormentosa
interrogação:
como agir perante a
sensação
de horror, de dor pelo
que sofrera?
Esbarra ele em outro
que viera
também apressado,
também distraído,
embora razão diversa
tivesse afetado seu sentido.
Este traz o semblante
aberto,
o olhar brilhante e
atento
ao céu claro que o cobria.
Indignado o primeiro o
interpela
cobrando retratação
pelo que sentia.
Mas o homem, tranquilo,
nem entra na querela;
de imediato se desculpa
por sua distração
e segue em frente,
assoviando uma canção.
O primeiro, ainda
surpreso pela não reação,
não vê outro jeito a
não ser prosseguir,
buscando aplacar a dor
que o impede de sorrir.
Mas o encontrão, ainda
que breve,
deixou nele elementos
para mais de uma questão:
a dor que se sente pode
ser minimizada,
ou será que pode ser
encarada
como algo que paralisa,
que atordoa?
Ou, ainda, como
aprendizado
de que nada acontece à toa,
tudo o que vem pode ser
aproveitado?
Se o sofrimento existe
e é fato,
por que agravá-lo com
a atitude alheia?
Não seria a própria
postura que granjeia
para cada um a solução?
Assim, ao invés de
maldizer a interrupção,
agradece ao homem a
possibilidade de pensar diferente,
bendizendo aquele que
lhe provocou a reflexão.
Cada emoção sentida é
impermanente
e ao mal que se recebe
pode ser aplicado o perdão.
Conclui que pensar em
punir quem o fez sofrer
seria desperdício de
tempo de seu breve viver.
E nessa ideia acaba por
se dar conta
de que se livrara da
dor que carregava.
Ergue a vista e vê a
luz que aponta
Oi Fran,
ResponderExcluirVocê estava mesmo inspirada.
Muito bonita mensagem.
Beijos e sucesso sempre,
MS
Grata, MS! Bjs e sucesso pra vc tb!!!
ExcluirNossa....!!!! Linda mensagem!!!! Lindas reflexões e verdades!!!!
ResponderExcluirUm abraço e sucesso, sempre!!!
Ass: Giovana
Eu te agradeço, seu comentário me incentiva a continuar, Giovana! Bjs carinhosos!
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