segunda-feira, 9 de julho de 2012

Alma e casca


Caros amigos,
Li  um livro, achei-o muito interessante. Ele expõe de variadas maneiras e enfoques, usando a riqueza da nossa língua, um pensamento que aceito, uma crença que tenho.
Além disso ele me fez lembrar de  um escrito de cinco anos atrás, que traz justamente os termos “alma e casca”.
Não tenho nenhuma procuração do autor, sequer o conheço, mas acredito que há obras que valem pelo que ensinam. E cada um aplica do modo que puder, souber...

O livro expõe a Psicoterapia Reencarnacionista, um tratamento psicológico que se diferencia da psicologia tradicional por colocar a reencarnação como seu elemento básico.
A psicologia tradicional lida com o início de cada vida na infância e o autor diz que isso é um equívoco. “Somos um Ser (espírito) retornando para a Terra, trazendo a nossa personalidade de encarnações passadas, independente dos fatores relativos à ‘casca’(...) para continuar a longa busca da purificação (...) e colocarmo-nos a serviço do nosso Mestre interno, que anseia pela limpeza dos pensamentos e dos sentimentos inferiores e negativos, e isso só pode ser feito aqui, no convívio com os gatilhos terrenos...”
E todo o livro traz essa visão, desenvolvida sob vários aspectos.
Fica a sugestão: “Psicoterapia Reencarnacionista – a Terapia da Reforma Íntima” (Mauro Kwitko)

Assim, mais uma vez, partilho nesse blog meus pensamentos. Com carinho!

Alma e casca

Nós somos alma e estamos casca.
Esta existe para aparentar,
aquela luta para se manifestar:
luta contra os grilhões do ego,
dos preconceitos, da aparência.
A alma é pura essência
e quer ser exposta, sentida, ouvida.
E vem mostrar sua força tamanha
vivenciando a experiência da rigidez humana.

Um dia, a pancada:
a casca alquebra-se, encolhe-se, verga,
grita: como, o que foi, por que tanta dor,
se eu sempre me achei só amor?!
E queda-se, infinitamente triste.
O tempo? Ah, o tempo a tudo assiste...
À alma lutando para a casca refazer,
falando  pela autopreservação,
mostrando que há solução,
que ela pode sobreviver.
Assiste à casca em sua luta insana,
imersa na condição humana.

A alma e a casca no tempo,
acabam por descobrir a maneira certeira:
a cola do tempo rejunta os cacos...
E então a casca já não é hermética,
nem é inquebrável a sina.
Existe agora a transparência da cola
por onde a alma pode brilhar,
pode se manifestar.
O tempo, sapiência divina..."