Que tal escutar teu coração,
quando ele dói e se agita
dentro do peito, e grita,
no afã de ser cuidado?
Por que a dor, se é atroz,
não pode ser exibida?
Que tal te permitires chorar,
pôr para fora, lavar
a alma ferida?
Mesmo sentindo demora
na cura desejada,
ao menos por agora,
trago uma ideia simples,
embora pareça cifrada:
tudo o que sai,
sai para tomar ar,
sai para se libertar.
E se te sentes sozinho,
eu, que te tenho tanto carinho,
me coloco a teu dispor;
posso te ouvir,
podes me chamar,
podes contar com meu amor.