terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Contradições

Belas e puras podem ser as intenções
e, ainda assim, não serem compreendidas.
Inundados de amor podem estar os corações
e, mesmo assim,  não enxergarem saídas.

Há muito o que não tem explicação
por mais que pareça lógico e racional:
seres bondosos que causam desilusão
e outros que, com o aparente mal,
são os iniciadores de grande transformação.

Muito existe neste vasto mundo,
sendo julgado e condenado sem o merecer.
Cabe a cada um ter muito cuidado,
buscar enxergar a si mesmo em outro ser.
Só assim há esperança de paz,
só assim para o sofrer não ser sentido mais...



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Recado de um anjo

Pediste e te concedi,
chamaste-me e aqui estou.
Buscaste-me e apareci,
desejaste amor, eu o sou!
Envolvo-te em doce abraço,
só quero te ver sorrir.

A qualquer tempo tens espaço,
és livre para ficar ou ir.
A ti desejo paz e alegria
e que tudo o que te satisfaz
permaneça em tua companhia.

Posso estar contigo em teu caminho
e basta apenas que queiras
para que eu nunca te deixe sozinho.
Então seguirei a teu lado,
à tua frente e atrás.
Se acreditas que te protejo,
não te abandonarei jamais...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Um ângulo do perdão

Ontem ouvi algo importante,
encontrou no meu coração ressonância;
tão simples e, ao mesmo tempo, tão profundo,
mexeu com minha visão de mundo.

"Dentre os ângulos do perdão,
um existe dos mais importantes,
que nos cabe salientar:
os resultados dele sobre nós mesmos,
quando temos a felicidade de desculpar."

E com igual beleza continuou a lição,
exposta a seguir conforme pessoal interpretação:

Não nos compete avaliar
aquilo que no outro o perdão irá causar;
pois se, de um lado, não nos é dado penetrar
no íntimo mais profundo de cada ser,
por outro manda a bondade
que o mal recebido seja para se esquecer.


Certamente é impossível saber
se o perdão em favor de outro articulado
foi aceito como deveria ser,
ou mesmo se produziu o efeito desejado.
Porém, sempre que "des-culpamos"
e, sinceros, nos propomos a deixar para trás
todo e qualquer mal que nos é feito,
é imediata a sensação no peito
de harmonia, equilíbrio e paz.

Paro por aqui a exposição,
para contar a minha conclusão:
ao compreender que, antes de tudo,
o perdão é minha própria libertação,
pude sentir a leveza que perseguia.
Meu coração se encheu de alegria,
foi forte a sensação de que se esvaía
um sofrimento há muito represado.

Sinto-me sorrindo para o futuro,
liberta de muitas dores do passado;
mais serena e sábia e apta a aplicar
em tantas outras situações
que certamente irei enfrentar,
a linda lição que ora estou a compartilhar...

 PS: imagens do Google - arte em papel de Sue Blackwell

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Corrente

Amigo / amiga que me lê,
que tenha um lindo, feliz e abençoado 2014!!!

Acredito que começo de ano é tempo de refletir sobre renovação, muitas vezes fazer um "balanço" do que já vivemos e fizemos até aqui...
Assim, pensando nos anos que já se foram e, principalmente em 2013,concluo que sou muito feliz: tenho saúde, um lar bonito, família amorosa e bons amigos. E, então, penso que a minha vida pode ser mais rica. Como assim? Mais ainda? É, sei que posso enriquecê-la se...

Tudo isso exponho porque ontem à noite escrevi o que segue abaixo. E, após escrever, fiquei um longo tempo no "exercício do pensar". Cheguei a uma conclusão que me fez sorrir...

Convido você a fazer o mesmo, e que chegue à conclusão que mais aqueça seu coração!
Um grande abraço e, mais uma vez, que você tenha um Novo Ano com muito Amor!



O que te ocorre ao pensar em corrente?
Será que pensas no conjunto de elos,
unidos, enlaçados fortemente
a prender algo ou alguém?



Ou pensas no adorno bonito,
do colo ou do braço, que é valioso
ou que, às vezes, nem vale um vintém,
mas é, de todo jeito, um símbolo amoroso?





Ou mesmo te ocorre que é união,
pessoas irmanadas numa missão?
Pois ouve o que te digo:
_Precisas pensar seriamente
 que tens na vida uma função!
E me perguntas qual é ela,
pois sequer sabias que uma teria?


Pois te afirmo, amigo querido,
que, se aqui vieste, não foi em vão.
E se a mim não cabe ser mais explícito,
pois só a ti pertence a decisão
de se abrir para o novo, ou não,
posso, ao menos, por hoje, dar-te
algo interessante para raciocinar.
O passo seguinte é de tua parte
se estiveres disposto a decifrar.

O que te ocorre ao pensar em corrente:
em algo a se quebrar
ou, ao contrário, é algo para se juntar?
E se for algo para se quebrar
e, para isso, seja necessário se juntar?


Eu desejo que seja salutar
o teu exercício de pensar!...